13 Julho 2013 - 6ª Etapa Circuito NGPS – Alvorada no Marão

      Subir ao Marão já é sinónimo de dor nas pernas, mas de noite???? Ui….que medoooo 
      O ano passado ainda consegui enganar o Márito, para me acompanhar, mas pelos vistos ainda está com frio desde essa etapa. Assim, uma vez mais aceitei o convite do Jorge e do Bruno para rumarmos até à Régua, local onde estava montado todo o staff.
     Aqui chegados e tendo em conta que havia festança e da grande no centro da Régua, eram milhares de pessoas que ali se divertiam e nós íamos pedalar, que tolos…..
      Já estávamos atrasados para o início da etapa, que estava marcada para as 23H00, contudo ainda tínhamos que nos “aperaltar” para uma etapa dura, longa e fria. Nas etapas noturnas tudo fica mais brilhante, com uma azáfama de luzes dianteiras, piscas-piscas traseiras e ainda mais um balão oferecido pela organização que também piscava, parecíamos uns pirilampos no escuro…
       A rolar em bom ritmo, facilmente começamos a ultrapassar o pessoal que ia com mais calma, pois a partir do km 18 era sempre a subir até ao km 38, que coincidia com as antenas do Marão, a 1416 m altitude. As “picadas” que apareciam eram autênticas paredes com inclinações brutais, que levavam as pernas a aquecer de tal maneira que piscava o botão vermelho de sobreaquecimento do motor…lol…
     A determinada altura o caminho só indicava um sentido… que era sempre a subir, tornando-se desnecessário olhar para o GPS.
      Tendo em conta que as pernas estavam com força, decidi impor um ritmo mais forte, de forma a testar um pouco a minha capacidade física e ver até onde aguentava o andamento forte. Aos poucos distanciei-me do pessoal e consegui ainda ultrapassar outros que estavam bem à minha frente.         Subi tanto, tanto,
que o serpentear da subida, mais parecia uma “anaconda”…lol…até enjoei.
       Finalmente, perto das 04H00, vi as luzes das antenas. Tava feito, bolas, até que enfim…lol…
    Este ano tinham aberto a capela em honra da Nossa Srª da Serra, para podermos ali pernoitar, até chegar a altura de avistar a alvorada. A noite estava fria e o corpo não está habituado a pedalar a estas horas indecentes, logo, aproveitei para me deitar mesmo no chão, junto com outros atletas, para bater uma soneca.
    Tendo em conta que estava bastante nevoeiro, quando o Jorge e o Bruno chegaram, depois de terem descansado um pouco, decidimos atacar logo a descida. Mas para mim é sempre uma tortura o frio, pois começo a tremer tanto que nem consigo controlar o corpo, logo é impossível meter-me em cima da bicicleta e descer minimamente em segurança. A descida do Marão, é bastante técnica e complicada, onde se paga bem caro o erro.  
   O restante percurso era composto apenas por umas picadas seguidas de descidas em bom terreno, onde se conseguiam atingir velocidades altas.
     Com o nascer do sol, ficava tudo mais fácil, tendo em conta a luz e a subida da temperatura, tornando mais agradável a nossa viagem.
    Claro que ainda houve tempo para mais um mortal encarpado protagonizado pelo Jorge, enfim, coisa normal que nos vem habituando nas últimas etapas…lol..
      Perto das 09H00 já estávamos na marginal da Régua, até o GPS dizer “Parabéns”, 0 Km…
      Em termos estatísticos ficam os 75 km, com 2645+ altimetria, cumpridos em 07H00, em cima dela, pois claro. Subir de uma cota de 60+ (Régua) até aos 2645+ (Marão), custaaaaaaaaa

       Obrigado aos meus companheiros de viagem, Jorge e Bruno, que cada vez está mais forte, por mais esta aventura…até á próxima…

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